quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Análise do poema "Mostrengo" de Fernando Pessoa e a sua intertextualidade com Luís de Camões

1-Sintetiza o assunto do poema.
R: A acção deste poema é passada numa viagem de nau, nomeadamente no cabo das tormentas, durante uma noite escura, nessa viagem os tripulantes confrontados por um mostrengo que esta no fim do mar e pretende atemorizar os portugueses para que não continuem a sua viagem. O mostro questiona a tripulação de que aqueles eram portugueses e vinham para conquistar os mares, não abdicando da sua missão.

2.1- Caracteriza-o, transcrevendo elementos do texto.
R: O mostrengo é caracterizado directamente por dois adjectivos “imundo e grosso”; indirectamente pelas suas acções, pois realiza movimentos circulares intimidadores e sitiantes à volta da nau. Sabemos também que vive em cavernas que ninguém conhece.

2.2- Justifica o título do poema, referindo o processo de formação de palavras que está na origem do poema escolhendo pelo poeta.
R: A palavra mostrengo é uma palavra composta por sufixação monstro + engo, este sufixo tem um valor pejorativo. Mostrengo significa uma pessoa considerada feia, desajeitada.

3- Concentra-te, agora, nas atitudes do “ homem do leme”.
3.1- Demonstra que as suas reacções ao discurso do “mostrengo” evoluem em sentido crescente.
R: Na primeira estrofe “El rei D.Joao II”
Na segunda estrofe “El rei D.Joao II”
Na terceira estrofe “Linha 22 ate a 27”
Às interpelações do mostrengo (primeira e segunda estrofe) o homem do leme começa por responder assustado, intimidado pelo o tom aterrador das palavras do mostrengo e pelo ambiente que o circunda, apenas com uma frase que invoca a autoridade do rei. Porém na terceira vez consciencializando-se de que não é apenas ele “Homem do leme” que ali está, assume-se como símbolo do povo e responde, em seis versos, com convicção e força.

4- Prova que ambas as figuras – o mostrengo e o homem do leme são simbólicas.
R: O mostrengo simboliza os medos dos navegadores que enfrentam o desconhecido. O “Homem do leme” é a figura do herói mítico, símbolo de um povo e que, portanto, passa de herói individual a colectivo, com uma missão a cumprir.

5- Analisa o poema nas perspectivas morfossintáctica e semântica.
R: O número 3 é o número da perfeição da unidade divina; a totalidade a que nada mais pode ser adicionado

6.1- Identifica as três tipos de frase presentes no poema e explica o recurso a cada um deles.
R:” Meus tectos negros do fim do mundo?”
“El-Rei D. João Segundo!”
“ O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;”
Neste poema as frases declarativas estão ao serviço da narração e em parte do discurso do “homem do leme “. As frases interrogativas estão presentes no discurso do mostrengo e a frase exclamativa constam do discurso do “homem do leme”.

6.2- Indica dois recursos estilísticos e salienta o respectivo valor expressivo.
R: Existem neste poema várias anáforas que pretendem reforçar o que é dito.
O hipérbato do verso 26 reforça o sentido simbólico do “Homem do leme”.

6.3- Justifica o predomínio dos verbos neste poema e comente o recurso aos tempos em que se encontram.

7-Salienta as características que fazem deste poema um dos mais Marcadamente épicos da Mensagem.

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